Amor maior nem mais estranho existe
Que o meu, que nao sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste
Ee se a ve descontente da risada
E que so fica em paz se lhe resiste
O amado coracao, de que se agrada
Mas da eterna aventura em que persiste
Que de uma vida mal aventurada
Louco amor meu, que quando toca, fere
E quando fere, vibra, mas prefere
ferir a fenecer e vive a esmo
Fiel a sua lei de cada instante
Desassombrado, doido, delirante
Numa paixao de tudo e de si mesmo.
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